Fanarts e narrativas transmídias.

Por: Icaro Brandão e Gabriel Rodrigues

“Uma história transmídia desenrola-se através de múltiplas plataformas de mídia, com cada novo texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o todo. Na forma ideal de narrativa transmídia, cada meio faz o que faz de melhor – a fim de que uma história possa ser introduzida num filme, ser expandida pela televisão, romances e quadrinhos; seu universo possa ser explorado em games ou experimentado como atração de um parque de diversões.” (JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2009)

Narrativa transmídia nada mais é do que a expansão de uma história, através de outros meios diferentes de onde ela foi posta inicialmente.
A gente poderia falar de Matrix, que é um dos exemplos mais recorrentes quando tratado desse tema, mas estamos vivendo em uma era onde os dominantes da cultura pop são as aventuras espaciais de Star Wars – que além dos filmes, temos animações (Clone Wars, Rebels, etc), HQs, livros, jogos – a Marvel com o seu mega universo cinematográfico e outras mídias, a DC com os melhores do mundo – que desconsiderando o cinema- deixa sua concorrente “no chinelo” (eu sou DCnauta e é isso aí), gênero de ficção científica, fantasia e super heróis bombando.

A partir dai, temos uma legião de fãs que produzem conteúdos que são considerados “derivados” da obra original, tanto de forma amadora quanto de profissional. Quem nunca imaginou o personagem de sua história favorita, tomando forma em um outro universo, ou imaginou cenas? É daí que vem as Fanarts.

Ela é uma arte baseada em um personagem da fantasia, item ou algum aspecto da própria obra que foi criada por fãs. Muitas vezes determinadas por livros, onde os fãs imaginam o personagem de acordo com a descrição dada, ou podem ser também derivadas de artes visuais (no caso, já com uma imagem definida), como os quadrinhos, filmes, series, vídeo games, etc.
Um dos aspectos mais interessantes das fanarts é retratar personagens em situações fantasiosas que só se limitam pela criatividade do seu criador. Por exemplo, o Superman dando uma surra no Goku, o Homem de Ferro lutando com a Morrigan ou o Mário ganhando do Sonic em uma corrida. Neste contexto, o artista pode se deixar levar pela criatividade e desenvolver fanarts que façam as pessoas se encantarem e discutirem sobre.

Imagina só aquele desenho do Flash apostando corrida com o ligeirinho e no final o pequeno camundongo ganha? Os fãs do Flash iriam a loucura! Arriba, Arriba, Arriba!

Mas as fanarts não se limitam apenas na criação de personagens fictícios em situações diferentes da sua narrativa original. Elas podem ilustrar personagens de um livro, adaptar um estilo de desenho para outro, como por exemplo, passar de cartoon para mangá ou vice-versa, ou retratar algum desenho que exista usando-o como referência, mas se diferindo pelo traço ou pintura. É um trabalho feito por fãs para fãs.

A propósito, criamos aqui no blog uma área exclusiva para mostrar na prática o que é isso. Entramos em contato com alguns ilustradores amadores que toparam expor seus trabalhos.
Vai lá na aba ‘’Fanarts’’ e se delicie com os trabalhos desses artistas incríveis!!

22 comentários sobre “Fanarts e narrativas transmídias.

    • Ede disse:

      Interessante entender um pouco melhor sobre esse mundo das fanarts, entender que cada indivíduo, é uma potencial fonte para o desenrolar de uma nova versão, para uma história.

      Curtir

      • Pablo Ramos disse:

        Gostei da matéria!! Minha referência de narrativa transmídia é com universo de Harry Potter. Desde pequeno sempre assistir os filmes e com o passar do tempo vários games foram surgindo, sites que nos conectava com o universo mágico, tudo dentro do mesmo contexto, porém contado de uma novata forma. É muito legal!

        Curtido por 1 pessoa

Deixar mensagem para Lipe Cancelar resposta